Maputo (O Destaque) – O presidente do partido ANAMOLA, Venâncio Mondlane, deu um passo inédito ao formalizar, esta tarde, na Assembleia da República, uma proposta de revisão constitucional, com foco na alteração dos símbolos da bandeira nacional.
A proposta apresentada retira dois dos elementos actuais a arma de fogo e a enxada mantendo, contudo, o livro como símbolo de saber e desenvolvimento. Trata-se de uma bandeira redesenhada após um processo participativo que incluiu um concurso público nas redes sociais, promovido pelo próprio líder do partido.
“Estamos confiantes de que a Assembleia da República vai dar provimento à nossa proposta. A nova bandeira, acreditamos, trará uma imagem renovada para Moçambique e uma nova narrativa para a nossa identidade nacional”, afirmou Venâncio Mondlane à saída da submissão do documento.
O debate em torno da bandeira nacional foi inicialmente levantado pelo político no contexto das manifestações pós-eleitorais, em que defendeu a necessidade de rever os símbolos nacionais como forma de promover reconciliação e modernidade. A proposta foi retomada meses depois, tendo sido amplamente discutida nas plataformas digitais.
A versão vencedora do concurso que previa um prémio de cinco mil dólares americanos (cerca de 300 mil meticais), foi escolhida por votação pública e reflecte, segundo Mondlane, “um espírito de paz e progresso, sem elementos que remetam à guerra ou ao passado conflituoso do país”.
A proposta agora aguarda os trâmites regimentais para ser analisada em sede parlamentar, a famosa “casa do povo”
