ATM do Moza Banco humilha cliente ao “engrenar”4.500 mts em Marracuene: “a máquina comeu o meu dinheiro”

Marracuene (O Destaque) – Um cliente viveu momentos de profunda angústia na vila de Marracuene, após uma caixa automática (ATM) do Moza Banco ter debitado um valor considerável da sua conta sem, contudo, dispensar as notas físicas. O incidente, capaz de azedar a quadra festiva de qualquer cidadão, ocorreu na última quarta-feira (24) e deixou a vítima com uma questão inquietante: “Para onde foi o meu dinheiro”.

A situação assemelha-se a um enredo de ficção, mas a frustração é bem real. Tudo começou por volta das 09h00, quando o utente se dirigiu a um ATM do Moza Banco, no distrito de Marracuene, para realizar dois levantamentos. A primeira operação, no valor de 5.000 meticais, decorreu sem sobressaltos. Contudo, a segunda tentativa, de 4.500 meticais, transformou-se num verdadeiro pesadelo.

Embora o sistema tenha processado o débito e o talão de levantamento tenha confirmado a operação como “concluída”, o dinheiro físico nunca chegou às mãos do cliente. “O recibo saiu com a confirmação, mas o dinheiro não saiu da máquina. Fiquei desorientado, sem saber o que fazer”, desabafou o lesado à nossa reportagem.

Na esperança de uma solução célere, o cliente solicitou auxílio ao segurança do local e a outros cidadãos que se encontravam na fila. A resposta obtida trouxe um alento temporário: “É uma falha de sistema, o valor deverá ser estornado dentro de uma hora”. No entanto, as horas converteram-se em dias e o montante de 4.500 meticais não foi creditado de volta à conta.

“Até ao momento, nada. O valor desapareceu do meu saldo, o banco ainda não corrigiu o erro e eu sinto-me lesado”, queixa-se o cidadão, visivelmente agastado com a inércia do sistema. Este episódio expõe, mais uma vez, as vulnerabilidades técnicas que fustigam os utentes bancários e geram insegurança no uso de canais digitais, especialmente durante a quadra festiva.

Nesta época, o cenário agrava-se: as agências bancárias registam enchentes colossais e o atendimento é frequentemente apontado como moroso em várias províncias do país. Para piorar a situação, o contacto com a “Linha do Cliente” revela-se uma missão impossível, deixando os utentes desamparados perante falhas.

Ate o fecho da nossa reportagem, o valor não havia sido restituído na conta do cliente.

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