Chapo apela à vigilância estratégica e reforça confiança nas FDS em Cabo Delgado

Maputo (O Destaque) – O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesas e Segurança (FDS), Sua Excelência Daniel Francisco Chapo, presidiu hoje, na Matola, à cerimónia de encerramento de três importantes cursos no Instituto Superior de Estudos de Defesa “Tenente-General Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF). 

Num discurso marcado por um tom estratégico e patriótico, o Chefe de Estado felicitou os graduados e, ao mesmo tempo, lançou um desafio à instituição e aos novos quadros: a busca contínua por soluções eficazes de segurança, especialmente perante as ameaças actuais, com destaque para o terrorismo em Cabo Delgado.

A cerimónia marcou o encerramento da 1ª edição do Curso de Defesa Nacional (CDN), do 12º Curso de Estado-Maior Conjunto (CEMC) e do 14º Curso de Promoção a Oficial Superior (CPOS). O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, sublinhou que estes cursos representam um reforço significativo da “muralha defensiva da República de Moçambique”.

O Chefe de Estado elogiou a dedicação e o sacrifício dos formandos, destacando que a conclusão da formação não representa um fim, mas sim “um cartão de embarque para missões mais complexas e, por vezes, espinhosas de defesa à Pátria Moçambicana”.

Enfoque no CDN

O Presidente destacou ainda a importância da inclusão de civis e dirigentes de empresas estratégicas como a HCB, ENH e EDM — no Curso de Defesa Nacional, reiterando que a defesa “não é apenas da responsabilidade das Forças Armadas, mas de todos os moçambicanos”. Nesse contexto, estendeu o convite para que a Comunicação Social e a Sociedade Civil participem nas próximas edições do curso.

Inovação e Prática

A cerimónia também evidenciou o papel dos exercícios práticos e estágios, com destaque para o “Exercício UHURU”(CEMC), considerado fundamental para a uniformização de procedimentos com colégios militares da SADC. No CPOS, os estágios em Comandos de Ramo visaram aplicar no terreno os conhecimentos adquiridos em sala.

Dirigindo-se à direcção e ao corpo docente do ISEDEF, o Presidente Chapo desafiou a instituição a cumprir a sua missão de assessorar o Governo, nomeadamente na formulação de um “pensamento estratégico nacional”.

Urge estudar e monitorar permanentemente as artimanhas dos terroristas, com o intuito de assessorar as Forças de Defesa e Segurança na concepção de melhores estratégias e tácticas de combate a este mal, no Teatro Operacional Norte”, concluiu.

O Presidente da República orientou o ISEDEF a manter uma postura proativa e a garantir a formação contínua do seu corpo docente, de modo a “estar, sempre, um passo mais adiantado do que os inimigos do nosso povo”.

Ao abordar a situação político-militar do país, o Presidente Chapo classificou-a como estável, embora tenha reconhecido que a província de Cabo Delgado continua a enfrentar focos de terrorismo que ainda preocupam o Governo.

O Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) destacou, no entanto, uma “relativa melhoria” no ambiente operacional, citando a desocupação de várias vilas que estavam sob controlo terrorista. Essa evolução foi determinante para que a TotalEnergies levantasse a cláusula de “força maior”, abrindo caminho para a retoma do projecto de Gás Natural Liquefeito.

O Presidente fez questão de clarificar: 

Não estamos a afirmar que já não há terrorismo em Cabo Delgado. Não! Simplesmente, estamos a dizer que as nossas Forças Armadas, as Forças de Defesa e Segurança no seu todo, estão no terreno a defender o seu povo.”

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