Fórum Global do Sul 2025 Reforça Alianças por uma Nova Ordem Internacional


Com a presença de mais de 500 delegados vindos de 110 países, o Fórum Global do Sul Media e Think Tank 2025 foi oficialmente inaugurado esta semana em Kunming, China. O evento, que vai na sua segunda edição após a estreia em São Paulo, volta a colocar os países em desenvolvimento no centro do debate internacional sobre paz, justiça global e desenvolvimento sustentável.

Reunindo representantes da comunicação social, centros de estudos estratégicos e instituições governamentais, o fórum tornou-se um palco de afirmação para as vozes do Sul Global, que procuram romper com os padrões narrativos impostos pelas potências tradicionais.

Com mais de 260 instituições representadas, os objectivos centrais do encontro passam por reforçar o diálogo entre civilizações, identificar novos motores de crescimento económico e, sobretudo, construir consensos em torno da paz e do desenvolvimento comum.

“O Sul Global já não é apenas expectador; é protagonista do crescimento mundial”, declarou um dos organizadores, referindo-se ao bloco que já representa 40% do PIB global e cerca de 80% do crescimento económico planetário.

Entre os principais marcos desta edição estão o lançamento da Rede de Parceria de Comunicação Conjunta do Sul Global, que reúne mais de 1.000 meios de comunicação, e a publicação do Consenso de Yunnan, um documento que sela o compromisso de aprofundar a produção colaborativa de conteúdos e análises geoestratégicas.

Outro destaque foi o relatório divulgado sobre a contribuição da China para os bens públicos intelectuais globais, destacando sua crescente influência como força articuladora de ideias e soluções multilaterais.

Um dos maiores desafios discutidos foi a necessidade urgente de diversificar a opinião pública internacional, muitas vezes dominada por uma lógica ocidental. O fórum enfatizou a importância de fortalecer a subjetividade do Sul Global, isto é, a capacidade de contar as próprias histórias, segundo as suas realidades.

“Mais do que competir por espaço, estamos a construir uma nova linguagem comum”,disse uma representante africana durante um dos painéis.

O fórum encerra-se com uma agenda robusta de colaboração futura entre think tanks e meios de comunicação do Sul, reafirmando a visão de um mundo multipolar, onde todas as regiões tenham voz ativa na construção de soluções globais.

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