PÂNICO EM GOMA: RUMORES DE RECRUTAMENTO FORÇADO PELO M23

transformam escolas em cenários de fuga
Goma, República Democrática do Congo (RDC) – A cidade de Goma e o território de Nyiragongo foram tomados por um frenesi de medo nesta terça-feira, quando pais aterrorizados invadiram escolas em busca de seus filhos, impulsionados por rumores de recrutamento forçado pelo movimento rebelde M23.

A notícia se espalhou como um incêndio florestal, transformando corredores escolares em cenários de fuga. O pânico era palpável, com pais e mães agarrando seus filhos e correndo para casa, temendo que seus entes queridos fossem levados para engrossar as fileiras do M23.

Funcionários escolares e autoridades do M23 negaram veementemente as acusações, classificando-as como “campanha de desinformação”. As novas autoridades do M23 em Goma apelaram à calma, garantindo que não há recrutamento nas escolas e que o movimento nunca realizou recrutamentos forçados nas áreas sob seu controle.

No entanto, as negativas não foram suficientes para acalmar a população. O medo, uma vez plantado, floresceu em pânico, e a cidade de Goma se viu mergulhada em um clima de apreensão.

A tensão se soma a um cenário já instável, com confrontos recentes no Território de Lubero, ao norte de Goma, que forçaram mais de 100 mil pessoas a deixar suas casas, segundo a ONU. O M23, em rápida ascensão, capturou cidades e vilas importantes no leste do país, aumentando a sensação de insegurança.

Apesar das garantias do M23, a sombra do recrutamento forçado paira sobre Goma, alimentando o medo e a incerteza. A população, já traumatizada pelo conflito, busca refúgio em meio ao caos, enquanto a cidade se prepara para o que o futuro reserva.

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