LAM é gerida “via whatsapp” há mais de duas semanas, Kondic ainda não regressou da Europa

Maputo (O Destaque) – As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) estão a protagonizar um enredo que daria um filme digno de Óscar de comédia-dramática. A empresa está a ser gerida, à distância, por Dane Kondic, o presidente da Comissão de Gestão que está ausente há mais de duas semanas e a utilizar plataformas virtuais como o WhatsApp e outras, para dar ordens.

A ausência de Kondic, que viajou para a Europa e ainda não regressou, parece estar ligada a uma alegada “zanga” que, segundo rumores, tem duas narrativas hilariantes. A primeira, envolve a compra do avião C9-AUV. Diz-se que o avião foi comprado por uns impressionantes 6.5 milhões de dólares, quando, alegadamente, valia apenas 1.5 milhão de dólares.

A segunda história é mais de bastidores, com intrigas e chantagem. A consultora Knighthood, que ajudou na reestruturação da LAM, terminou o seu contrato a 14 de Agosto, mas Kondic, segundo relatos, queria que ela ficasse. A situação é tão peculiar que se diz que Kondic teria ameaçado rescindir o seu próprio contrato se a Knighthood não ficasse. É como se a consultora fosse o seu melhor amigo e ele dissesse, “Se ele for embora, eu vou também”.

Apesar de todas as alegações e do drama que parece estar a decorrer, a triste realidade é que a empresa está a ser gerida remotamente, enquanto os problemas se acumulam. Por exemplo, uma das aeronaves alugadas teve, recentemente, problemas na África do Sul, e, por outro lado, o avião adquirido há pouco tempo continua a dar dores de cabeça com avarias quase diárias. Tudo isto acontece enquanto Kondic, o protagonista desta novela, continua a receber o seu salário. É o dilema moçambicano: entre rir ou chorar.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *