Maputo (O Destaque) – Depois do debate tenso na oval, a África do sul pressupõe um movimento para redefinir e fortalecer os laços bilaterais, a África do Sul apresentou uma proposta comercial ambiciosa aos Estados Unidos, oferecendo a compra de Gás Natural Liquefeito (GNL) por uma década em troca de acesso preferencial a mercados-chave dos EUA. A iniciativa, revelada em um documento ministerial, visa destravar um fluxo comercial anual estimado entre 900 milhões e 1,2 bilhão de dólares.
A proposta sul-africana, levada à Casa Branca durante a visita do Presidente Cyril Ramaphosa em 21 de maio, inclui a importação anual de 75 a 100 petajoules (equivalente a aproximadamente 75 a 100 milhões de metros cúbicos) de GNL dos EUA, o maior exportador global.
Além da compra de GNL, o pacote sugere uma cota isenta de impostos para a exportação de 40 mil veículos e componentes automotivos sul-africanos para os Estados Unidos anualmente. Também foi proposta uma cota isenta de impostos de 385 milhões de quilos de aço e 132 milhões de quilos de alumínio por ano.
Essa oferta surge em um momento importante para as relações entre os dois países, que foram tensionadas por questões como a reforma agrária sul-africana, o empoderamento econômico dos negros, e acções anteriores da administração Trump, que incluíram o cancelamento de ajuda e a oferta de status de refugiado à minoria branca africâner.
A delegação sul-africana, liderada pelo sul africano Presidente Ramaphosa, busca com essa proposta não apenas revitalizar o comércio, mas também construir uma base mais sólida para o diálogo e a cooperação, superando os recentes desafios diplomáticos.
