Cabo Delgado (O Destaque) – Chiúre, Famílias continuam a chegar à vila-sede de Chiúre, fugindo do mais recente ataque terrorista ocorrido na manhã de quinta-feira, no Posto Administrativo de Chiúre-Velho. A incursão armada, atribuída a grupos extremistas, voltou a abalar o quotidiano das populações locais, que se viram forçadas a abandonar tudo em busca de segurança.
Durante o ataque, os insurgentes destruíram o posto policial da PRM e atearam fogo a diversas instalações do Estado, incluindo serviços administrativos. O episódio gerou pânico e provocou o deslocamento de centenas de pessoas, que agora vivem em condições extremamente precárias.
Oliveira Amimo, administrador distrital cessante, confirmou à imprensa que as Forças de Defesa e Segurança intervieram prontamente e conseguiram restabelecer a ordem em Chiúre-Velho. “A situação está controlada, mas o número de deslocados aumenta a cada hora. Precisamos de apoio imediato das organizações humanitárias e do INGD”, apelou o responsável.
Os deslocados encontram-se, na sua maioria, ao relento ou acolhidos por famílias solidárias na vila-sede, sem acesso a alimentação, abrigo ou cuidados médicos básicos. Entre os mais afectados estão mulheres, crianças e idosos.
Este ataque ocorre numa altura em que a província continua a lidar com a instabilidade provocada por acções armadas nos distritos vizinhos, como Ancuabe, onde há relatos recentes de assassinatos brutais e novos focos de insegurança.
A população e as autoridades locais aguardam uma resposta coordenada que garanta a assistência humanitária urgente e medidas eficazes para conter a expansão do conflito armado.
