Maputo (O Destaque) –O cenário industrial em Beluluane sofreu um abalo esta semana com o anúncio do encerramento dos serviços de reparação de panelas e superestruturas pela Duys Moçambique, uma das empresas veteranas do parque industrial. A decisão, oficializada no dia 18 de agosto, surge após o cancelamento contratual por parte da Mozal, principal cliente da metalomecânica.
Com mais de 20 anos de actividade no país, a Duys vê-se forçada a redimensionar as suas operações, com impacto directo nos trabalhadores afectos às linhas agora encerradas. Apesar disso, a empresa garante que todos os direitos laborais serão respeitados, numa transição que promete ser difícil, mas legalmente segura.
“A administração está a agir com responsabilidade e transparência”, lê-se no comunicado oficial, que também expressa solidariedade e reconhecimento ao esforço e dedicação dos colaboradores agora desvinculados.
Fundada em 1999, a Duys Moçambique é tida como pioneira no sector de estruturas metálicas pesadas, tendo contribuído para a formação de mão-de-obra qualificada e para o crescimento da indústria nacional. A empresa assegura que outras áreas do seu negócio continuam activas e que está à procura de novos mercados e clientes para sustentar a sua operação em solo moçambicano.
A saída parcial da Duys levanta questões sobre o ambiente de negócios e os desafios enfrentados por fornecedores nacionais e estrangeiros na relação com grandes multinacionais. No meio do silêncio estratégico da Mozal, a indústria aguarda sinais do governo sobre o rumo a tomar diante de mais um alerta amarelo no sector produtivo.
