Maputo (O Destaque) –Uma idosa residente na comunidade de Salamanga, no distrito de Matutuíne, viu a sua casa ser destruída por um elefante que terá escapado do Parque Nacional de Maputo. O incidente ocorreu há alguns meses e continua a gerar indignação local, sobretudo após relatos de que representantes do parque terão estado no local apenas para tirar fotografias, sem prestar qualquer assistência à vítima.
Imagens e denúncias recebidas por O Destaque mostram os estragos causados pelo animal e reforçam o apelo da população para uma intervenção mais eficaz por parte das autoridades de conservação. Segundo vizinhos, esta não é a primeira vez que elefantes saem do parque e causam prejuízos nas comunidades vizinhas.
Contactado pelo jornal, o gabinete de comunicação do Parque Nacional de Maputo confirmou a presença de uma equipa no local, mas explicou que o parque trabalha com vários departamentos responsáveis tanto pela monitoria da fauna quanto pelo apoio às comunidades.
“Temos uma equipa de afugentamento composta por fiscais internos e comunitários, jovens treinados para reagir quando os animais invadem áreas residenciais”, explicou a fonte. Contudo, admitiu que nem sempre é possível chegar a tempo: “Há sistemas de controlo de movimento dos animais, mas a resposta imediata depende das circunstâncias e da distância do incidente”.
Sobre a alegada visita para captação de imagens sem apoio à vítima, o parque confirmou que a fotografia faz parte do processo de avaliação. “Tirar fotos acontece, sim, mas serve para análise do nível de gravidade e definição do raio de acção”, acrescentou, sublinhando que normalmente os casos reportados envolvem machambas e que raramente há destruição de casas.
Apesar disso, a reserva confirmou que houve, de facto, um ataque à casa da idosa, e garantiu que estão em contacto com a comunidade.
