O Malawi precisa de 1,4 biliões de dólares para se recuperar dos desastres naturais que assolaram o país nos últimos quatro anos. O valor será destinado à reconstrução de infraestruturas destruídas por eventos climáticos extremos, incluindo estradas, escolas, hospitais, habitações, sistemas de irrigação e ferrovias.
Moses Chimphepo, diretor de preparação e resposta a desastres do Departamento de Gestão de Desastres do Malawi, afirmou que a reconstrução será um processo demorado, mas o governo conta com o apoio de parceiros internacionais.
“A recuperação tem sido lenta porque, sempre que avançamos, novos desastres ocorrem“, explicou Chimphepo. “É hora de unir esforços para fortalecer a resiliência das comunidades mais vulneráveis e do país como um todo.”
Desde 2022, o Malawi tem enfrentado uma série de ciclones devastadores, a começar pelo Ciclone Ana que afactou mais de 1 milhão de pessoas, das quais 190 mil deslocados, 46 mortos e 18 desaparecidos.
De seguida, foi a vez do Ciclone Gombe, que afectou quase 160.000 pessoas, com 50.000 desabrigados, 39 mortos e 20 feridos.
O ciclone Freddy também atingiu Malawi, tendo sido o mais devastador, afectando cerca de 2,2 milhões de pessoas, das quais 650.000 ficaram desalojadas, 679 mortos e 537 desaparecidos.
A repetição desses desastres tem dificultado a recuperação, exigindo acções urgentes para reconstruir o país e proteger a população contra futuras calamidades.
