Maputo (O Destaque)-Moçambique voltou a marcar presença no radar energético internacional com a aprovação da Decisão Final de Investimento (FID) do projeto Coral Norte FLNG, formalizada enuma cerimónia em Maputo. A iniciativa, orçada em mais de 7,2 mil milhões de dólares, representa um novo marco na exploração de gás natural liquefeito (GNL) no país e promete fortalecer a posição de Moçambique como uma potência africana no sector.
O projecto é liderado pelo grupo italiano Eni, em parceria com a China National Petroleum Corporation (CNPC), a moçambicana ENH, a Korea Gas Corporation e a XRG, subsidiária da Abu Dhabi National Oil Company. A unidade será instalada em águas ultraprofundas da Área 4 da Bacia do Rovuma, ao largo de Cabo Delgado, e prevê-se que entre em operação até 2028, com uma capacidade anual de produção de 3,55 milhões de toneladas de GNL.
Com a adição do Coral Norte, a produção total de GNL em Moçambique poderá atingir sete milhões de toneladas por ano, consolidando o país como o terceiro maior produtor de gás natural liquefeito do continente africano atrás apenas da Nigéria e da Argélia.
