Maputo (O Destaque) – Pela primeira vez, na história de Moçambique, o Parlamento é composto por quatro bancadas parlamentares, nomeadamente: a FRELIMO, o PODEMOS, a RENAMO e o MDM. As quatro forças políticas foram esta quarta-feira à “casa do povo” para apreciar a lei referente ao diálogo inclusivo, a pedido do Presidente da República.
Por um lado, a parlamentar da Frelimo expressa satisfação com a proposta do Presidente Daniel Chapo, de transformar o compromisso de Diálogo Nacional e Inclusivo em lei, através do procedimento legislativo simplificado.
A bancada também reconheceu o empenho de todos os partidos políticos signatários na construção deste compromisso pela paz, demonstrado nas sessões de diálogo anteriores.
A FRELIMO redobrou total apoio à proposta por entender que reflecte a vontade do povo moçambicano, em promover reformas cruciais para o desenvolvimento do país e responder às suas necessidades. O partido dos “camaradas” destacou ainda, que a proposta se alinha com objectivos fundamentais do Estado e que o modelo de diálogo inclusivo adoptado baseia-se nos princípios constitucionais e no respeito pelo Estado de direito democrático.
A força política enfatizou que, na implementação do compromisso, nenhum cidadão deve sentir-se excluído ou menos relevante e apelou à aprovação unânime e por aclamação da proposta da Lei, como forma de honrar a confiança do povo moçambicano e simbolizar a união e reconciliação nacional.
Já o PODEMOS, nesta que foi das primeiras aparições na “magna casa” prometeu vigiar a implementação do documento.
Através do Chefe da Bancada, Sebastião Avelino Mussanhane, disse, o PODEMOS, que a bancada apoia a proposta de lei que pode acabar a exclusão, no país.
“Uma promessa com todos, por todos e para todos. É chegado o tempo de reconciliar a política com a ética, com a escuta e a humildade”, sentenciou Mussanhane.
Por fim, a nova bancada entende que prova que coragem não se trata de impor, mas de ceder para construir o verdadeiro patriotismo.
Ainda na “casa do povo”, o partido da perdiz, RENAMO, disse ter bons olhos sobre a proposta, mas entende que, uma vez assinado, não seja mais um expediente do regime para ludibriar o povo.
“Somos pelo indulto e amnistia de todos os cidadãos alvos de processos judiciais”, afirmou o chefe da bancada, Jerónimo Nanlia.
E, por fim, o partido MDM, através de Fernando Bismarques Ali, entende que a proposta de lei que aprova o compromisso para o diálogo nacional inclusivo marca uma reviravolta para refundar o Estado, a promoção de boa governação, uma vez que projecta um conjunto de importantes matérias que abrem novos horizontes para um futuro de esperança.
“Não estamos aqui para aprovar um documento acabado, mas uma base para aprofundarmos e, quiçá, resolver de uma vez as razões de violência”, afirmou a bancada do MDM.
De referir que a proposta de Lei sobre o Diálogo Político Inclusivo nacional foi submetida pelo Presidente da República, Daniel Chapo para encontrar caminhos de paz e estabilidade política.
