A RENAMO vive, nos últimos tempos, uma convulsão marcada por destruição de sedes do partido, em contestação à actual governação de Ossuffo Momad.
Curiosamente, encontra-se em parte “incerta”. Por um lado, guerrilheiros dizem não ao presidente. Ainda assim, há Um silêncio misterioso da figura do presidente da perdiz. As tensões crescem e são caracterizadas por fechamento de sedes e queimadura de cartazes com a imagem de Ossuffo Momad. Por exemplo, hoje, em Inhambane, na Massinga, os protestos ecoaram, tendo os manifestantes garantido que o líder perdeu o rumo e conduziu a RENAMO à desgloria. Engana-se quem pensa que só foram guerrilheiros; a camada jovem do partido aderiu à contestação.
O desmobilizado da RENAMO, Alexandre Nacumba, para ele, o que está a acontecer é apenas uma insatisfação passageira, mas há um reflexo de anos de promessas vazias.
“Ossuffo Momad traiu os ideais da RENAMO. O partido pelo qual lutamos e arriscamos a vida já não existe. Ele vendeu a nossa luta, entregou tudo de bandeja, e nós não vamos aceitar isso calado”, desabafou.
Para alguns membros da RENAMO, o líder associou-se à passividade: a sua postura em frente às negociações políticas, a sua incapacidade de mobilizar o partido e a falta de ideias para recuperar a pujança do partido.
A revolta não é isolada. Alguns dizem terem visto a RENAMO ser triturada nas urnas.
“O que nos dói é que ele se calou depois das eleições. Sofremos uma das maiores derrotas da nossa história. Ele ficou em silêncio.”
Os protestos têm ganho novos palcos em outras províncias, e muitos continuam a negar a liderança de Momad.
