Maputo (O Destaque) -A Polícia da República de Moçambique (PRM) tem intensificado esforços para conter a criminalidade e garantir a segurança rodoviária no país. A informação foi avançada, nesta quarta-feira, pelo Chefe das Relações Públicas do Comando Geral, Leonel Muchina, em conferência de imprensa referente ao período de 5 a 11 do corrente mês.
Apesar do empenho policial, Muchina reportou um grave incidente ocorrido no dia 13 de abril. O cidadão Joel Amaral foi vítima de uma tentativa de homicídio no cruzamento entre as avenidas Carlos José Lobo e Julius Nyerere. Indivíduos desconhecidos, a bordo de um veículo ligeiro, interceptaram Amaral e efetuaram disparos com arma de fogo, ferindo-o com gravidade. As autoridades policiais informaram que diligências operacionais estão em curso para identificar e neutralizar os autores do crime.
No que concerne à criminalidade geral, o porta-voz indicou um decréscimo no número de delitos registados. Foram contabilizados 86 casos, em comparação com os 124 ocorridos no período homólogo. A tipicidade criminal contra pessoas e património concentrou 26 e 46 ocorrências, respetivamente, dominando o panorama criminal nacional.
Relativamente à segurança rodoviária, a PRM registou 17 acidentes de viação, um aumento face aos 16 verificados no mesmo período de 2024. Os sinistros resultaram em um balanço trágico de 24 óbitos, um aumento significativo em relação aos 13 registados no ano anterior, além de avultados danos materiais. As principais causas identificadas para os acidentes foram o excesso de velocidade e as ultrapassagens irregulares. No âmbito das acções de fiscalização, foram inspecionados 127 mil veículos, aplicadas 2007 multas, apreendidas 48 viaturas por condução irregular e detidos 27 indivíduos por conduzirem ilegalmente
Para mitigar a sinistralidade rodoviária, a polícia anunciou a implementação de medidas preventivas, incluindo a reativação de brigadas de fiscalização para o controlo de velocidade e consumo de álcool. Adicionalmente, serão introduzidas brigadas em escolas e encontros sociais para a realização de acções de sensibilização e educação cívica.
Em outra vertente, Leonel Muchina revelou a descoberta de armas de fogo de fabrico presumivelmente da era colonial por um guarda. A perícia corre com investigações para apurar a veracidade da origem do armamento.
