Maputo (O Destaque) – O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique anunciou esta quarta-feira, a redução da taxa de juro de política monetária, a taxa MIMO, de 12,25% para 11,75%. A decisão foi tomada tendo em consideração a perspectiva de manutenção da inflação em níveis de um dígito no médio prazo.
Em Fevereiro de ano em curso, a inflação anual situou-se em 4,74%, ligeiramente superior aos 4,69% registados em Janeiro, mantendo-se, no entanto, estável. Este cenário reflecte a estabilidade do Metical e os efeitos positivos das medidas anteriormente implementadas pelo Banco Central.
Para o médio prazo, excluindo o gás natural liquefeito (GNL), perspectiva-se um crescimento económico moderado. No quarto trimestre de 2024, estima-se que, excluindo o GNL, o produto interno bruto (PIB) tenha contraído 3,1 %, após ter crescido 2,8 % no trimestre anterior. Quando incluído o GNL, o PIB contraiu 4,9%, após crescer 3,7 % no trimestre anterior. O CPMO prevê uma recuperação gradual da actividade económica no médio prazo, não obstante as actuais incertezas.
Apesar da redução das taxas de juro, o Banco Central alerta para a persistência de riscos significativos, destacando o agravamento do risco fiscal e os efeitos negativos dos choques climáticos e das tensões pós-eleitorais sobre a economia nacional.
Outra preocupação esta relacionada com a dívida pública interna que teve um aumento significativo de 31,7 mil milhões de meticais em Dezembro de 2024, estando actualmente fixada em 447,2 mil milhões de meticais.
Por outro lado, as taxas de juro do mercado monetário continuam a reduzir. A taxa de juro de referência para o crédito, Prime Rate, continua a reduzir, em linha com as decisões de política monetária. Denominador comum que se observa, igualmente, nas taxas de juro que os bancos praticam junto dos seus clientes.
