Maputo (O Destaque) – A Administração Nacional de Estradas (ANE), delegação de Nampula, afirma ser urgente a revisão de normas de construção das pontes e estradas, de modo a tornar as infra-estruturas mais resilientes aos eventos climáticos.
O posicionamento foi expresso pelo delegado da ANE em Nampula, Mateus Espírito Santo, que foi mais longe ao afirmar que as estradas e pontes ao nível da província não têm capacidade para suportar e/o manter se resilientes ao impacto das mudanças climáticas que ciclicamente fustigam o nosso país. Para o delegado da ANE a prova disso são danos causados pelos ciclones Dikeledi, Chido e Jude, que culminaram no corte de grande parte das estradas e pontes.
“Neste momento, estamos a fazer a reposição de emergência para garantir a transitabilidade. Mas, no futuro, teremos que fazer um estudo, de forma que se conservem os processos de construção que sejam adequados às mudanças climáticas”, explicou Espírito Santo.
De acordo com Espírito Santo, a precaridade precoce das vias é geralmente causada pelos efeitos nefastos das alterações climáticas, “pois os ciclos de chuvas passaram a ser quase anuais e os danos provenientes delas são muito severos”. “Então, os nossos parâmetros de dimensionamento das estradas têm que ser revistos. É esse esforço que o sector está a fazer”, acrescentou a fonte.
O delegado fez menção ainda que, durante os ciclones verificados na província, quatro dos 11 troços que Nampula possui ficaram com trânsito condicionado e, destaque vai para as estradas Nampula-Namialo, Namialo-Rio Lúrio, no limite entre Nacarôa e Eráti, a estrada N104, Nametil-Angoche e Rapale-Mecubúri.
Para a requalificação das estradas danificadas pela fúria das catástrofes naturais, as autoridades em Nampula precisam de pelo menos 971 milhões de meticais, para intervenção em zonas tidas com bastante críticas.
