UMA FAÍSCA DE ESPERANÇA NO HORIZONTE DA SAÚDE: GREVE SUSPENSA, DIÁLOGO À PORTA

Maputo(O Destaque)-
Numa reviravolta que levantou uma série de optimismo no panorama da saúde do país, os profissionais de saúde decidiram, na última hora, suspender a greve que pairava como uma nuvem carregada sobre os hospitais e centros de saúde a partir de hoje. A decisão, anunciada com a ressalva de um possível regresso à paralisação, abre agora um corredor para a esperança: um diálogo franco e directo com o Governo, agendado para a próxima quinta-feira.

O comunicado que Sentenciava a greve, duas semanas após o seu anúncio, hesitou e recuou, movida por um convite governamental que acendeu a chama da negociação. Na bagagem que os representantes dos profissionais de saúde levarão para à mesa de conversações, ecoam as preocupações urgentes que motivaram a ameaça de paralisação: o justo pagamento das horas extras, um reconhecimento há muito esperado pelo esforço adicional, e um melhor enquadramento profissional, que lhes permita exercer a sua nobre missão com a dignidade que merecem.

“Nós viemos, hoje, anunciar a desvinculação com a greve que foi anunciada para o dia 31 de Março de 2025”, declarou Anselmo Muchave, presidente da Associação dos Profissionais de Saúde, com a voz carregada de uma cautelosa esperança. “A desvinculação tem como objectivo dar espaço ao diálogo, uma vez que o Governo nos endereçou um convite datado para dia 03 de Abril de 2025. Neste contexto, os profissionais de saúde primam pelo diálogo como uma solução possível e uma promoção do bom entendimento para o povo moçambicano.”

As palavras de Muchave ressoam como um apelo à razão, uma demonstração de que, apesar das justas reivindicações, o bem-estar da população permanece no centro das suas preocupações. No entanto, a suspensão não é um sinal de rendição, mas sim um voto de confiança no poder da conversa, um teste à vontade política de encontrar soluções concretas.

Os profissionais de saúde não se contentarão com promessas vazias. Exigem acções concretas, respostas palpáveis para aquilo que consideram “assuntos pontuais”, mas que no dia a dia corroem a qualidade dos serviços de saúde e a motivação dos seus profissionais. “Nós esperamos ouvir o que o Governo traz para o povo moçambicano e para os profissionais de saúde em concreto”, reafirmou Muchave, “Nós queremos algo de concreto, que o Governo nos diga até quando vamos legalizar o problema da alimentação nas unidades sanitárias, até quando vamos organizar o problema de falta de medicamentos nas unidades sanitárias.”

Para além das questões salariais e de condições de trabalho, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique levanta ainda uma preocupação grave: a alegada perseguição aos seus membros. Este é um ponto sensível que certamente adicionará uma camada extra de complexidade às negociações.

De um lado, profissionais de saúde que depositam no encontro a esperança de verem as suas justas reivindicações atendidas. Tendo do último pronunciamento do governo através do Ministro da saúde assumido que a greve ia colapsar o sistema de saúde do país.

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