- “A batalha contra as sombras do crime organizado acaba de ganhar uma nova comandante”. Foi este discurso , carregado de expectativa, que o Procurador-Geral da República, Américo Letela, dirigiu-se a Amélia Munguambe, a nova timoneira do Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional. Na cerimónia de tomada de posse de novos líderes do Ministério Público, realizada nesta terça-feira, Letela não poupou palavras ao delinear a magnitude da tarefa que aguarda Munguambe: reforçar as forças contra a crescente ameaça de raptos que ecoam e ameaçam a economia do país, o terrorismo que caracteriza a zona Norte do país, e o implacável corredor do tráfico de drogas que simboliza as nossas fronteiras.
Numa clara demonstração de aposta renovada na linha da frente da justiça, o Ministério Público acolheu uma nova vaga de quadros, sendo a nomeação de Amélia Munguambe um novo rosto desta reestruturação. A sua ascensão à liderança do gabinete especializado surge num contexto nacional delicado, onde as redes criminosas transnacionais tecem teias complexas, desafiando as autoridades com os cíclicos sequestros sem rosto. A missão de Munguambe, portanto, assemelha-se a desmantelar e responder múltiplas perguntas, exigindo estratégias, inteligência e uma coordenação. O desafio está lançado: sob a sua liderança, o Ministério Público erguerá uma muralha mais forte contra as forças obscuras que ameaçam a segurança e a estabilidade de Moçambique. Num contexto em que o crime organizado está no seu pico.
Num período em que, segundo dados do comando geral, 96 delitos, contra igual número do período comparativo de 2024.
Vários outros crimes colocam a recém-empossada na obrigação de arregaçar as mangas.
