Chapo na ONU: “África tem de ser permanente no conselho de segurança”

Nova Iorque (O Destaque) – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, fez a sua estreia na 80ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas com um discurso histórico onde colocou Moçambique no centro do debate global. O Chefe de Estado defendeu de forma enfática a reforma do Conselho de Segurança da ONU, reivindicando para África o lugar que merece na governação mundial.

Qualquer esforço de reforma só será completo quando incluir de forma inequívoca a reforma do Conselho de Segurança”, declarou o Presidente Chapo, defendendo a atribuição de dois assentos permanentes para o continente africano no órgão mais poderoso da ONU. Esta posição reforça o apelo de Moçambique por uma maior representação de África nas decisões globais.

O discurso foi marcado por fortes críticas ao “crescente sentimento de impunidade” no mundo e pela defesa intransigente da justiça climática. O estadista moçambicano lembrou que o país, sem responsabilidades históricas pela crise climática, está entre os mais atingidos, transformando esta questão num “apelo à solidariedade global e à acção imediata”.

Na era da tecnologia, o Presidente alertou para os riscos da Inteligência Artificial, incluindo “exclusão e manipulação da sociedade”, defendendo uma “diplomacia tecnológica e climática” que promova a transferência real de conhecimento.

O momento serviu também para Chapo destacar o compromisso do seu governo com a democracia, sublinhando que a sua presença na ONU resulta de “um processo de escolha livre e transparente do povo moçambicano”.

Com uma mensagem final de esperança, o Presidente afirmou: “Moçambique conta com a ONU e a ONU pode contar com Moçambique”, consolidando o país como um actor indispensável na nova ordem global. O discurso posicionou Moçambique na vanguarda da luta por um multilateralismo mais justo e inclusivo.

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