Maputo (O Destaque) -Uma criança de apenas 12 anos perdeu a vida após ser baleada mortalmente por um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), na zona de Bobole, distrito de Marracuene, província de Maputo quando seguia numa viatura de transporte de passageiros.
O caso, que gerou uma onda de revolta popular e culminou no linchamento de um dos agentes envolvidos, obrigou o Comando Geral da PRM a reagir publicamente.
Em conferência de imprensa, o porta-voz da corporação, Leonel Muchine, confirmou que o disparo que matou a menor foi feito por um membro da PRM e classificou a actuação como “desnecessária e injustificável”.
Muchine sublinhou que o Comando Geral se distancia totalmente do comportamento do agente já morto pela população e anunciou que outros quatro polícias, igualmente envolvidos no caso, serão alvo de medidas duras, incluindo a expulsão imediata da corporação.
A morte da criança e o subsequente linchamento de um agente expuseram de forma brutal a tensão entre a PRM e as comunidades, levantando sérias questões sobre o uso excessivo da força policial e a crescente perda de confiança da população nas autoridades.
Em protesto, a população bloqueou a Estrada Nacional Número Um (EN1), a principal via do país, provocando quilómetros de filas e deixando milhares de viajantes retidos.
