Matola (O Destaque) – O silêncio da noite foi estilhaçado por balas, e a cidade da Matola mergulhou num pesadelo de violência sem precedentes. No coração do terminal de transportes de passageiros do bairro de Nkobe, um acto indescritível que ceifou a vida de um cidadão, na noite de ontem, por volta das 19h.
A cena do crime, um cenário de horror e desespero, deixou as autoridades em choque e a população em pânico.
“É um crime chocante, de uma brutalidade nunca antes vista aqui na Matola!”, declarou um residente local, ainda visivelmente abalado.
A vítima que se suspeita ser agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), foi brutalmente assassinada com cerca de 50 tiros à queima-roupa, uma execução fria e calculada.
Já a Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou os detalhes do acto macabro.
A vítima que se fazia transportar numa viatura da marca Mahindra, de cor branca, foi interpelado na via pública por dois veículos da marca Toyota – um modelo Run X e outro Ractis. Um ataque coordenado, digno de um filme de acção, mas com um final trágico e real.
As imagens chocantes que rapidamente se espalharam pelas redes sociais, de matrícula ALR 067 MC, perfurada de balas e banhada de sangue.
“A viatura da vítima foi completamente crivada de balas, tanto do lado do motorista quanto do passageiro”, relatou uma testemunha.
O Porta-voz do Comando Provincial da PRM, Cláudio Ngulele, confirmou os detalhes da ocorrência, expressando a gravidade do crime.
“Tomamos conhecimento da ocorrência deste crime que aconteceu no bairro de Nkobe, por volta das 19 horas, envolvendo indivíduos até então não identificados”, disse Ngulele, com a voz carregada de preocupação. “Trata-se de indivíduos que seguiam em duas viaturas. Uma de marca Toyota, modelo Run X, e outra viatura, modelo Ractis. Eles teriam efectuado disparos contra um cidadão nacional até então não identificado.”
Os residentes de Nkobe estão em pânico.
“Como é que algo assim pode acontecer no meio da nossa cidade? Estamos com medo, muito medo!”, desabafou uma vendedora do terminal.
Cláudio Ngulele assegurou que a corporação está no terreno para colher pistas que possam levar à localização dos autores do crime.
“Há um trabalho que está sendo feito para apurar as razões. Já foram accionadas linhas operativas para neutralizar os indivíduos que cometeram o crime”, garantiu o porta-voz.
