Maputo (O Destaque) -O Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC) volta a ser alvo de denúncias graves. Fontes internas relatam que a instituição terá recebido, recentemente, cerca de 12 milhões de meticais destinados à administração académica e manutenção da infraestrutura. No entanto, segundo as mesmas fontes, parte do valor poderá ter sido desviada, agravando o funcionamento do instituto.
As acusações apontam para um cenário de abandono estrutural: carteiras por reparar, redes danificadas, janelas desorganizadas e um sistema informático académico inoperacional. “O ISArC funciona com apenas quatro salas de aula. O sistema de gestão académica não está operacional e, este semestre, os pagamentos foram feitos manualmente, sem registo digital do valor recebido”, revelou uma fonte que pediu anonimato.
A situação soma-se à já conhecida paralisação da emissão de certificados, que dura há mais de seis meses. Estudantes graduados continuam sem acesso ao documento essencial para a inserção no mercado de trabalho, o que levanta mais preocupações.
Contactada por O Destaque, Joyce Macheve, a directora do registo académico, disse não ter conhecimento das acusações. “Fiquei surpreendida. Nunca houve cobrança pelos certificados. Quanto a desvios, também não sei de nada, mas vou reportar à direcção”, afirmou.
