Matola (O Destaque) –O Ministro do Interior, Paulo Chachine, reagiu com firmeza ao assassinato de dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e do SERNIC, ocorrido na manhã de quarta-feira, 2 de Julho, na zona da Manduca, na cidade da Matola. Numa declaração categórica, assegurou que os responsáveis pelo crime não escaparão: “Os bandidos vão pagar caro”, disse.
O ataque, descrito por testemunhas como brutal, tirou a vida de António Domingos Cavel, inspector principal da PRM, e Abílio Janeiro, agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), ambos destacados na 7ª Esquadra da cidade de Maputo. Os criminosos, ainda por identificar, dispararam mais de 50 tiros à queima-roupa, numa acção meticulosamente orquestrada.
Segundo informações apuradas no local, os agressores usaram três viaturas para cercar o carro das vítimas antes de abrirem fogo. Uma idosa de 78 anos foi também ferida durante o tiroteio, aumentando a tensão num bairro já marcado por episódios recentes de violência armada.
O ministro, que tomou conhecimento do crime através das redes sociais, garantiu que a investigação será célere e rigorosa. “Vamos descobrir a verdade. Os nossos homens não morreram em vão”, afirmou, acrescentando que resultados concretos serão conhecidos nos próximos dias.
A PRM já iniciou trabalhos de perícia e recolha de pistas. Entretanto, o porta-voz da corporação, Cláudio Ngulele, informou que, até ao momento, não há indícios de ligação com homicídios anteriores na mesma região, embora a população tema uma escalada do crime organizado.
O ambiente na Matola é de apreensão, mas também de expectativa. Para muitos, a resposta rápida e eficaz das autoridades será determinante para restaurar a confiança na segurança pública. E como garantiu Chachine: “A justiça será feita”.
