Nampula (O Destaque) – O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção (GPCC) em Nampula revelou dados preocupantes que colocam agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e professores no topo da lista dos principais envolvidos em actos de corrupção na província. De Janeiro até à presente data, a entidade registou um total de sessenta e seis casos de corrupção, evidenciando a persistência e a abrangência deste fenómeno.
Os dados foram tornados públicos pelo procurador e porta-voz do GPCC em Nampula, Aristides Manuel, que na passada quarta-feira, em declarações aos jornalistas, detalhou o estágio actual dos processos em curso relacionados com a corrupção.
A sua intervenção sublinhou a necessidade premente de acções mais robustas para combater esta praga.
Do total de 66 casos reportados até agora, o procurador Aristides Manuel informou que 23 processos já tiveram despacho. Contudo, apenas quatro pessoas se encontram detidas, um número que levanta questões sobre a celeridade e eficácia das medidas punitivas.
Face a este cenário, a fonte defendeu a urgência da realização de mais palestras de consciencialização, dirigidas especificamente aos funcionários e agentes do Estado. O objectivo é reforçar a ética, a transparência e a responsabilidade no desempenho das suas funções, prevenindo a ocorrência de novos casos de corrupção.
A corrupção continua a ser um entrave significativo ao desenvolvimento do país, minando a confiança nas instituições públicas e desviando recursos essenciais que poderiam ser aplicados em áreas vitais como a saúde, educação e infraestruturas.
A actuação do GPCC em Nampula, ao expor estes dados e ao chamar a atenção para os grupos mais afectados, reforça a importância da vigilância contínua e da implementação de medidas eficazes para erradicar este mal que tanto afecta a sociedade segundo o porta-voz dessa instituição.
