Manica (O Destaque) -O Presidente da República, Daniel Chapo, manifestou-se nesta quarta-feira profundamente preocupado com o cenário de degradação ambiental na província de Manica, classificando a situação como um verdadeiro desastre ambiental. Em causa está a poluição dos rios causada por práticas mineiras ilegais e descontroladas.
Durante uma intervenção pública, o Chefe de Estado foi claro ao afirmar que o Governo não irá tolerar comportamentos que coloquem em risco a biodiversidade e o bem-estar das populações. “Vamos tomar medidas duras, mesmo que isso implique suspender algumas actividades mineiras, para que possamos repor o equilíbrio ambiental”, garantiu Chapo.
O Presidente frisou que o impacto da poluição não afecta apenas os cursos de água, mas compromete também a saúde da população local, os ecossistemas, a fauna, a flora e a própria segurança alimentar da região. “Não se pode aceitar que os rios, fonte de vida para pessoas, animais e plantas, sejam transformados em locais de morte lenta por interesses económicos irresponsáveis”, declarou.
Segundo Chapo, as acções futuras envolverão uma fiscalização mais apertada, penalizações exemplares para operadores ilegais e um reforço da legislação ambiental. “Queremos que a mineração se faça de forma responsável, com respeito pela natureza e pelas comunidades”, acrescentou.
Recorde-se que a província de Manica tem sido palco de frequentes denúncias sobre poluição hídrica provocada por actividade mineira artesanal e semi-industrial, muitas vezes levada a cabo sem o devido licenciamento ou controlo.
A promessa presidencial de medidas concretas surge como resposta à crescente pressão da sociedade civil e ambientalistas, que há meses exigem acção governamental para travar a destruição dos ecossistemas fluviais da região.
