Nampula (O Destaque) – O activista Gamito dos Santos recuperou a liberdade após passar cerca de três horas sob custódia policial na Primeira Esquadra, na sequência da interrupção de uma manifestação pacífica que planeava liderar. O protesto visava expressar a crescente frustração dos cidadãos face à persistente escassez de combustível que assola a província, um problema que permanece envolto em silêncio por parte das autoridades governamentais.
A tentativa de manifestação, que procurava trazer à luz do dia o desconforto generalizado com a falta de combustível e a ausência de explicações oficiais, foi interrompida pela intervenção policial, culminando na detenção do activista.
Após a sua libertação, Gamito dos Santos optou por não se pronunciar publicamente, seguindo as recomendações de seu advogado. Contudo, a sua breve detenção lança uma sombra sobre o direito à livre expressão e levanta questões sobre a resposta das autoridades a manifestações pacíficas em busca de respostas para problemas que afectam directamente a vida da população.
O silêncio do activista após a libertação não silencia, contudo, a urgência da questão que o levou às ruas. A escassez de combustível continua a impactar o quotidiano dos residentes e a economia local, enquanto a falta de comunicação oficial alimenta a incerteza e a especulação. A breve detenção de Gamito dos Santos pode, paradoxalmente, amplificar a ressonância da sua causa, focando a atenção na necessidade de transparência e soluções para a crise de abastecimento que clama por respostas.
