Inhambane (O Destaque) -No silêncio das celas do Estabelecimento Penitenciário Provincial de Inhambane, Raimundo Alfeu, ex-agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), cumpre uma pena de 13 anos de prisão. O motivo, para uns, é uma infração grave; para outros, é uma tentativa de agir preventivamente em nome do Estado.
A controvérsia teve origem numa mensagem sobre um eventual protesto nas forças de segurança, motivado por atrasos salariais. Raimundo afirma que não foi o autor da mensagem, apenas a reencaminhou, como forma de alerta, antigo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique.
Durante o julgamento, apresentou o seu telefone como prova. Ainda assim, o tribunal entendeu o gesto como um acto de incitamento à sublevação, decidindo pela condenação.
“Não era uma ameaça. Era um aviso. Agi por lealdade, e fui mal interpretado”, disse Raimundo numa entrevista, gravada a partir da prisão.
