Vigilância reforçada na reserva do niassa após incursão na fronteira

Niassa (O Destaque) – Um incidente na fronteira entre as províncias do Niassa e Cabo Delgado mobilizou as autoridades de segurança e gestão da Reserva Especial do Niassa. Um grupo não identificado, com suspeitas de ligação aos insurgentes que operam em Cabo Delgado, invadiu as instalações do Bloco 8 da Cambaco Investment Ltd., uma empresa de caça desportiva situada no distrito de Montepuez.

O ataque resultou no incêndio do acampamento e na retenção de funcionários como reféns. No entanto, boas notícias surgiram com a confirmação da libertação de dois dos reféns. As forças de defesa e segurança  já se encontram no terreno, conforme garantiu Silva Livon, Secretário de Estado do Niassa, com o objetivo de “neutralizar o grupo, que estaria em fuga devido às operações militares em Cabo Delgado”.

A área afectada pela incursão localiza-se na zona de partilha da vasta Reserva Especial do Niassa, com uma porção do território inserida na província de Cabo Delgado. Do lado do Niassa, especificamente no distrito de Mecula, que constitui o núcleo da reserva, a situação permanece calma, embora as autoridades tenham reforçado a vigilância como medida de precaução.

Em conferência de imprensa, o Secretário de Estado do Niassa apelou à colaboração da população, exortando os cidadãos a denunciarem quaisquer movimentos suspeitos às autoridades locais. “Estes grupos agem por desespero. Queimam, roubam e fogem. Não há motivo para pânico, mas não podemos baixar a guarda”, enfatizou Livon.

Como medida preventiva, caçadores desportivos que se encontravam em acampamentos nas áreas de concessão da reserva foram retirados. As autoridades acreditam que o grupo invasor estaria à procura de alimentos e recursos logísticos, o que pode indicar um enfraquecimento da sua capacidade operacional. Apesar de não ter sido registado qualquer ataque no lado do Niassa, a província permanece em estado de alerta.

“A situação político-militar no Niassa está calma, estável e controlada. Pedimos à população que mantenha a vigilância”, reiterou o Secretário de Estado.

As estruturas de gestão da Reserva Especial do Niassa continuam operacionais, embora com equipas reduzidas em algumas áreas. As autoridades garantem que mantêm o controlo da situação e asseguram que as medidas de segurança foram intensificadas em toda a extensão da reserva para prevenir futuras incursões e garantir a segurança das comunidades e da biodiversidade local.

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