Vm7 o “Messias” a vista do povo que abarrotou Maputo, contrastando número de espetacdores da independência. 

Maputo (O Destaque)- A cidade testemunhou hoje (sexta-feira, 27 de junho de 2025) um dia de contornos dramáticos e reviravoltas políticas, quando o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane (VM7) foi convocado para uma audição de quase três horas na Procuradoria-Geral da República (PGR).

O cerne da questão: um misterioso áudio em que VM7 expressava séria preocupação com a segurança da sua família em Moçambique.

Contudo, o que parecia ser apenas mais um acto burocrático transformou-se num fenómeno popular que capturou a atenção da capital. Logo após deixar a PGR, Venâncio Mondlane não se dirigiu para casa. Em vez disso, iniciou um “passeio” espontâneo pelas movimentadas avenidas Vladimir Lenine, 25 de Setembro e Guerra Popular, nesta última, foi recebido como se de “Messias” se tratasse. Na Guerra Popular, a guerra não era popular para a libertação do país, mas sim, de um povo curioso para ver de perto um Homem, que, mudou o xadrez político em Moçambique.  Este gesto inesperado rapidamente se converteu numa marcha improvisada, arrastando consigo milhares de simpatizantes e curiosos.

A aderência foi instantânea e esmagadora. Em menos de cinco minutos, Mondlane conseguiu mobilizar uma multidão que, em volume, fez parecer diminuto o público presente no Estádio da Machava (Estádio da Independência Nacional), nas recentes celebrações do dia da Independência Nacional. As bancadas vazias daquela celebração do jubileu contrastaram vivamente com a onda humana que seguiu VM7 pelas ruas de Maputo. Caso para dizer: “cena inédita!” Em menos de 5 minutos, o ex-candidato reuniu mais gente do que o Governo conseguiu levar ao Estádio da Machava no dia da Independência, onde as bancadas ficaram vazias, numa celebração do jubileu sem povo, ao contrário do mar de gente que seguiu Mondlane. 

A capital parecia querer demonstrar o seu apoio e curiosidade, transformando uma simples deslocação num verdadeiro comício móvel.

A atmosfera de euforia e apoio popular, no entanto, foi interrompida abruptamente interrompida. Quando a marcha de Mondlane atingiu o seu auge, a Polícia da República de Moçambique (PRM) interveio de forma contundente. Disparos foram ouvidos, visando estrategicamente dispersar a multidão e estragar o que se desenhava como um desfile espontâneo de apoio ao ex-candidato. A intervenção policial gerou um clima de tensão, diga-se tiros de advertência que não foram suficientes para apagar o impacto da impressionante demonstração de popularidade de Venâncio Mondlane.

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