Maputo (O Destaque) – O episódio ocorrido no aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, Angola, continua a ser factor de debate. Para o maior partido da oposição em Angola, União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o Estado deve ser responsabilizado.
Os pronunciamentos foram feitos dias depois de vários políticos, entre eles o moçambicano Venâncio Mondlane, terem sido retidos no aeroporto de Luanda e deportados.
Segundo a deputada da UNITA, Mihaela Weba, o boicote da conferência de partidos da oposição de África e do mundo, pelas autoridades angolanas mostra a fragilidade e desespero do regime do MPLA, que há quase 50 anos governa o país.
Vários políticos foram retidos no aeroporto de Luanda e de seguida deportados, pouco antes da conferência organizada pelo maior partido da oposição.
Entre os políticos convidados para o encontro em Benguela estavam o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, o ex-Presidente do Botswana Ian Khama e o antigo Presidente da Colômbia Andrés Pastrana.
Weba diz que o seu partido está alinhado com o posicionamento manifestado pelo VM7, sobre a necessidade de abrir-se um processo contra o Estado angolano, pelo incidente de 13 de Março, pese embora não se irá envolver.
“Nós não podemos a continuar a ter dirigentes angolanos que violam constantemente regras e princípios constitucionais e internacionais. O Estado tem de ser penalizado de alguma forma. Pelo menos, estes cidadãos conseguiram verificar que, em Angola, o Estado de Direito não funciona”, referiu a deputada da UNITA.
O Silêncio do bloco regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP) dianta do diapasão de 13 de Março é também factor de insatisfação para a UNITA.
