Quelimane (O Destaque) –Num encontro marcado pela franqueza e pelo desejo de um ambiente de negócios mais funcional, empresários da província da Zambézia levantaram sérias preocupações sobre o atendimento prestado por alguns funcionários da Autoridade Tributária de Moçambique (AT). O ponto central das críticas, a falta de profissionalismo, encerramentos antecipados e um ambiente pouco acolhedor nos serviços públicos.
As reclamações surgiram esta terça-feira, durante uma reunião com o presidente da AT, Aníbal Mbalango, que se encontra em visita de trabalho aos distritos de Mocuba, Gurué e Quelimane. Os empresários denunciam atitudes arrogantes, incumprimento do horário de expediente e falta de sensibilidade no trato com o contribuinte.
“Não é apenas pagar impostos é também sentir que somos respeitados enquanto parceiros na construção do país” afirmou Carlos Joaquim, vice-presidente do Conselho Empresarial da Zambézia. Segundo ele, há registos frequentes de serviços que encerram antes do meio-dia, deixando muitos contribuintes sem resposta. Em resposta, Mbalango mostrou-se receptivo às críticas e assegurou que as preocupações serão analisadas com seriedade. Reconheceu a importância do atendimento como parte essencial do desempenho institucional e sublinhou o compromisso da AT em promover uma cultura de serviço centrada no cidadão.
O encontro terminou com um apelo mútuo, por um lado, os contribuintes pedem maior eficiência e respeito; por outro, a AT exorta ao cumprimento das obrigações fiscais como base de uma relação de confiança mútua.
Na Zambézia, o apelo dos empresários ecoa como um sinal claro de que o desenvolvimento económico também passa por serviços públicos que acolhem, escutam e resolvem.
