A China e os países da Ásia Central estão a estreitar os laços de cooperação com novas iniciativas que abrangem áreas-chave como desenvolvimento sustentável, segurança regional, educação e intercâmbio cultural. A decisão foi consolidada durante a segunda Cúpula China-Ásia Central, realizada recentemente em Astana, capital do Cazaquistão.
Na ocasião, o Presidente da China, Xi Jinping, apelou ao fortalecimento da parceria estratégica com os cinco países da região, destacando a importância de aprofundar a colaboração no quadro da Iniciativa Cinturão e Rota. O estadista chinês defendeu a construção conjunta de uma comunidade China-Ásia Central com futuro partilhado, assente em respeito mútuo, confiança, benefício recíproco e solidariedade.
Como resultado da cimeira, os seis países assinaram um tratado de amizade duradoura e comprometeram-se a implementar, entre 2025 e 2026, uma agenda de cooperação de alta qualidade. O foco será a concretização de projectos concretos em sectores como comércio, investimento, agricultura moderna, mineração sustentável e infraestrutura.
Foram ainda anunciados três novos centros regionais: um dedicado à redução da pobreza, outro ao intercâmbio educacional e o terceiro à preservação ambiental, com ênfase no combate à desertificação. A China também comprometeu-se a disponibilizar 3.000 bolsas de formação para cidadãos da Ásia Central até 2026.
A segurança regional mereceu destaque, com os líderes a prometerem reforçar a cooperação na luta contra o extremismo, terrorismo e crimes transnacionais. Pequim manifestou, igualmente, disponibilidade para apoiar com soluções técnicas em áreas como cibersegurança e biossegurança.
O reforço dos laços culturais e institucionais também foi enfatizado. Está em curso a criação de novos centros culturais, oficinas técnicas e parcerias entre instituições de ensino superior, bem como plataformas para promover o diálogo entre jovens, mulheres, partidos políticos e órgãos de comunicação social.
Xi Jinping aproveitou a ocasião para reiterar o compromisso da China com uma ordem internacional mais justa e equilibrada. O líder chinês manifestou-se contra o hegemonismo e o proteccionismo, sublinhando que o país continuará aberto ao mundo, priorizando o desenvolvimento conjunto com os seus vizinhos.
A cimeira terminou com a assinatura de 12 acordos bilaterais nas áreas de comércio, energia, educação e conectividade. A próxima edição do encontro foi agendada para 2027.
