Tianjin – (O Destaque)
A cidade portuária de Tianjin, no norte da China, acolhe entre 31 de agosto e 1 de setembro a maior cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCS) desde a sua fundação. Sob a presidência de Xi Jinping, o encontro reunirá líderes de mais de 20 países e chefes de 10 organizações internacionais, com uma agenda ambiciosa focada em segurança regional, cooperação económica e desenvolvimento sustentável.
Criada em 2001, a OCS começou com seis países fundadores e hoje conta com 10 membros, além de dois estados observadores e 14 parceiros de diálogo. A organização afirma-se como um fórum multilateral robusto, abrangendo desde questões de segurança e luta contra o terrorismo até comércio, inovação e intercâmbio cultural.
Durante os dois dias de encontros, os chefes de Estado e representantes internacionais discutirão temas como estabilidade fronteiriça, integração económica regional, transição energética e transformação digital. Espera-se ainda o alinhamento de estratégias com a Iniciativa Faixa e Rota, promovida pela China.
Para o Presidente Xi Jinping, a cimeira é também uma plataforma para reforçar o “Espírito de Xangai”, baseado em confiança mútua, benefício partilhado, igualdade e respeito à diversidade. Em tempos de tensões geopolíticas, a OCS aposta num modelo de diálogo e cooperação como alternativa à fragmentação global.
As delegações chegam a Tianjin com expectativas de novos acordos, iniciativas conjuntas e declarações de compromisso. Ao encerrar a sua presidência rotativa, a China pretende deixar um legado de coesão e avanços concretos para o espaço da OCS.
Em tempos incertos, a cimeira de Tianjin poderá representar mais que uma reunião de alto nível: poderá ser um passo decisivo para moldar uma nova ordem internacional mais inclusiva, baseada na cooperação, desenvolvimento e paz duradoura.
