ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO ABALA NICOADALA E TERMINA É DETENÇÃO

ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO ABALA NICOADALA E TERMINA É DETENÇÃO

Professores Detidos por Venda de vagas em Nicoadala, Zambézia, Uma onda de venda, burla e corrupção termina em detenção, culminando na constituição de 17 arguidos, entre os quais oito professores de uma escola local. O esquema fraudulento envolvia a cobrança ilegal de valores para a admissão de estudantes no Instituto de Formação de Professores (IFP) de Nicoadala, no ano passado, rendendo aos envolvidos cerca de um milhão de meticais.

O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção da Zambézia (GPCCZ) está a investigar o caso através do processo-crime nº 54/04/P/GPCCZ/2024, que formalizou a acusação contra os 17 cidadãos . Os crimes imputados incluem burla, corrupção passiva para atco ilícito, abuso de cargo ou função e fraude.

A investigação teve origem em abril de 2024, quando uma inspeção de rotina no IFP de Nicoadala revelou a presença de 19 alunos em diversas turmas que não constavam das listas oficiais de candidatos aprovados nos exames de admissão.

De acordo com um comunicado emitido pelo GPCCZ, os professores agora arguidos exigiam quantias que variavam entre 10.000,00 MT (dez mil meticais) e 100.000,00 MT (cem mil meticais) por cada vaga. Após o pagamento, os docentes manipulavam as listas de admissão, inserindo os nomes dos interessados sem que estes tivessem passado pelo processo selectivo formal. Estima-se que a quantia total angariada ilicitamente através de contas bancárias e carteiras móveis ascenda a 975.000,00 MT (novecentos e setenta e cinco mil meticais).

Dos 17 arguidos, quatro professores foram detidos preventivamente e aguardam os próximos trâmites processuais no Estabelecimento Penitenciário daquela província . Os restantes envolvidos foram libertados sob Termo de Identidade e Residência (TIR).

O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção da Zambézia aproveitou a ocasião para apelar à vigilância dos cidadãos e, em particular, dos servidores públicos, exortando-os a rejeitar qualquer forma de corrupção. A instituição sublinhou que tais actos representam uma grave ameaça à integridade do sistema de educação nacional e desrespeitam os princípios éticos e deontológicos que devem nortear um Estado de Direito e garantir uma educação de qualidade e inclusiva.

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