Maputo (O Destaque) – Uma denúncia anónima entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Tribunal Administrativo (TA) e ao Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) expõe um esquema criminoso na Rádio Moçambique (RM), envolvendo a administradora Alice Gove e o director de Contabilidade, Manuel Muchanga.
As acusações são graves e apontam o dedo à Administradora das Finanças, Alice Gove, e ao Director de Contabilidade, Manuel Muchanga, por práticas ilícitas, má gestão financeira e corrupção desenfreada.
Os dois são acusados de desviar dinheiro público e subornar auditores. O documento aponta que, após transferências ilícitas para contas pessoais, os “pombos” celebram em pensões e hotéis, inclusive durante o horário de expediente.
A denúncia descreve Gove como a “principal arquitecta de actos de corrupção” na RM, usando a sua influência e ligações poderosas, incluindo uma amizade próxima com a presidente do Conselho de Administração (PCA) do IGEPE, Ana Coani. Gove é caracterizada como uma mulher arrogante.
O documento revela ainda um suposto desvio “agressivos” de verbas da UNICEF, através de documentos falsos. Para se proteger, Alice Gove vangloria-se de ter “costas quentes” na PGR, GCCC e TA. Presume-se ainda, que, Gove esteja a controlar aos auditores externos através de subornos avultados, garantindo que sejam amigos do Director de Contabilidade, especialmente em auditorias que envolvem a sua área.
Alice Gove e Manuel Muchanga são também acusados de controlar o Director Administrativo, tendo abafado um escândalo de roubo de combustível.
