Maputo (O Destaque) –O Governo expôs uma tentativa de demonstração de transparência com a mais recente lista de beneficiários efectivos de três contratos milionários que juntos ultrapassam a impressionante mais de 4.8 MIL MILHÕES de Meticais.
Entre os felizardos estão moçambicanos, sul-africanos e italianos que partilham os bastidores dos negócios públicos com com números capazes de “abalar” qualquer economia.
O primeiro contrato celebrado entre o Instituto de Amêndoas e a AGRIFOCUS LDA (sul-africana) custou mais de 156,7 milhões de Meticais, com objectivo de fornecimento de fungicidas e insecticidas e que tem com os beneficiários: Anchorprop (Pty, Lda.), Arysta Lifescience South Africa, Marcel Dreyer, Fernando Sequeira e Paul De Gryse.
O Segundo contrato foi assinado pela ANE Nampula a MOZA Construções, com valor de 563,3 milhões de Meticais, com Objectivo de reparação de emergência na ponte sobre o rio Monapo, Estrada N1 e contava com Haji Suleimane Momade e Sabina Abdul Carimo, como beneficiários.
E outro contrato foi firmado com a RENCO (Italiana), em 4,09 MIL MILHÕES de Meticais, com objectivo de reabilitar o sistema de drenagem das águas pluviais da Cidade de Maputo e os beneficiários são: Giovanni Gasparini, Almerina Manenti, Lorenzo Passeri, Luca Passeri, Giovanni Rubini, Lorenzo Monti e Marco Gatti.
Esta iniciativa do Governo faz parte do compromisso assumido com o FMI, após anos de denúncias de contratos obscuros que nunca revelavam quem realmente enchia os bolsos com o dinheiro público.
Importa referir que em Janeiro deste ano, as primeiras listas já tinham exposto os irmãos Sidat, aliados da Frelimo, que lucraram mais de 2 MIL MILHÕES com livros escolares e material eleitoral. Mas, curiosamente, ficaram de fora nomes escondidos atrás de sociedades anónimas como a MHL AUTO, representante da Mahindra, que abocanhou cerca de 600 milhões de Meticais.
