Maputo (O Destaque) -A saúde em todo o país busca melhorias, segundo o Ministro da Saúde, Ussene Isse. Durante a sessão de Perguntas e Respostas ao Governo na Assembleia da República, o ministro traçou um panorama de optimismo e proatividade para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), destacando medidas que visam fortalecer a capacidade de resposta e a proximidade com a população.
Uma das principais preocupações abordadas foi a disponibilidade de medicamentos. O Ministro Isse garantiu que o país possui stock suficiente para os próximos seis meses, com a expectativa de normalizar quaisquer restrições pontuais até Julho. Para isso, serão implementados sistemas digitais de rastreamento, monitoria semanal de stocks e inspecções rigorosas em toda a cadeia de abastecimento, garantindo que os fármacos cheguem onde são necessários.
O plano de fortalecimento do SNS não se limita aos medicamentos. Ussene Isse anunciou a contratação de mais de 1.700 novos profissionais de saúde, incluindo 724 ainda este ano, entre médicos, técnicos superiores e pessoal de apoio. Além disso, mil Agentes Polivalentes de Saúde serão formados para atuar em nível comunitário, com foco nas áreas rurais e de difícil acesso.
No que tange à infraestrutura, o governo avançará com a construção de 60 novos Postos Comunitários de Saúde e sete hospitais em diversas províncias, como Nampula, Cabo Delgado, Maputo e Zambézia. Esta expansão visa aproximar os serviços de saúde das populações, especialmente as mais vulneráveis.
Respondendo às questões dos deputados, o Ministro da Saúde reiterou o combate à violência obstétrica e mortalidade materna, com a implementação da Estratégia do Parto Humanizado, a permissão de acompanhantes nas salas de parto e fiscalizações rigorosas.
Sobre a febre tifoide em Nampula, Isse esclareceu que a maioria dos diagnósticos errôneos se deve ao uso inadequado do teste de Widal. Para reverter a situação, o Ministério promoverá a utilização de testes mais precisos, como a hemocultura e o PCR, reforçará a vigilância epidemiológica e realizará campanhas de sensibilização para combater a desinformação.
As medidas anunciadas reflectem um compromisso claro do governo em investir na saúde pública, buscando um SNS mais eficiente, acessível e capaz de responder aos desafios da população.
