Maputo (O Destaque) –A ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, lançou um desafio aos dirigentes do sector para melhorar a gestão dos professores.
O apelo visa pôr fim à distorção que leva à concentração de docentes em certas escolas, sobrecarregando alguns profissionais e gerando um excesso oneroso de horas extras.
Esta é uma prioridade que a ministra defende como importante para a qualidade do ensino no país.
“Não podemos aceitar que alguns professores trabalhem exaustivamente enquanto outros têm uma carga horária reduzida. Precisamos de uma distribuição justa e eficiente para garantir que cada aluno moçambicano tenha acesso a um ensino de qualidade”, afirmou a Ministra.
Um dos pontos centrais abordados pela Ministra é a necessidade de considerar a residência dos professores no processo de movimentação.
Reconhecendo as dificuldades que os docentes enfrentam, Tovela sublinhou: “É fundamental que a mobilidade dos professores seja feita com sensibilidade e respeito pelas suas vidas pessoais. Não podemos pedir dedicação se não oferecemos condições mínimas de estabilidade e bem-estar.”
Já no que diz respeito a dívida do Governo, através do Ministério da Educação, reconhece haver professores que continuam sem receber sequer a primeira tranche das horas extraordinárias acumuladas desde 2022.
A ministra da Educação e Cultura, Samira Tovela, aponta existir falhas graves de comunicação entre o Ministério e os serviços distritais como principal causa do atraso.
Samira Tovela reconhece que, até ao momento, o Ministério da Educação e Cultura não dispõe de dados claros sobre quantos professores já receberam as horas extras em atraso e quantos continuam por pagar.
“Quem está a fazer a administração directa é o sector das Finanças”, esclareceu Tovela.
