PODEMOS que não finge viver uma paz que não existe, enquanto na verdade, já deu à luz a uma convulsão interna e não paga salários há 5 meses

Maputo (O Destaque) –O partido PODEMOS, segunda maior força da oposição do país e considerado uma novidade na arena política nacional, vive um momento de tensão interna que contradiz a imagem de estabilidade que procura projectar. Segundo apurou O Destaque, junto de fontes internas, crescem as vozes de descontentamento dentro da formação política, especialmente em torno de questões salariais e de logística.

Segundo informações, Apesar de beneficiar de cerca de cinco milhões de meticais mensalmente provenientes do fundo público atribuído ao “bolo do segundo partido”, membros queixam-se da má gestão e falta de clareza na distribuição dos recursos. 

Em contacto com o membro sénior do partido, Hélder Mendonça, O Destaque confrontou essas alegações. Mendonça reconheceu que há contradições internas, mas minimizou a gravidade, explicando que “onde há democracia, sempre há discussões”. 

Devo confessar que há estabilidade interna, porém estamos a caminho do Conselho Central. As coisas que aconteceram geraram expectativas dos membros”, afirmou.

Estamos a discutir salários dos membros a nível nacional. Há uma série de processos. Por mais que haja discórdia, devemos todos seguir a mesma linhagem”, acrescentou.

Mas alguns membros do podemos disseram que estão há 5 meses sem receber os seus ordenados

Estou cansado, estou cansado, estou a 5 meses sem receber

Além do clima de insatisfação, o jornal apurou que o presidente do partido, Albino Forquilha, e o porta-voz Duclesio Chico têm recebido ameaças de morte. Questionado sobre as medidas de segurança adotadas, Mendonça respondeu com alguma reserva:

A nós não nos chegou essa informação. Enquanto a mesma não for disseminada formalmente, não há motivos de alarme. Ainda estamos a discutir como vão ser as questões de segurança, mas o partido PODEMOS está consciente da necessidade de garantir a integridade de cada um dos seus membros.”

Enquanto que O Destaque questionava a segurança do porta-voz do Podemos, que muitas das vezes é encontrado sem aparato de segurança.

Nos corredores do partido, entre membros e simpatizantes, o partido que prometeu fazer diferente vive um verdadeiro Babel entre a insatisfação e ruídos internos.

O jornal apurou também que o Podemos não possui escritórios oficiais. Mendonça disse que ainda está por se resolver todas as questões.

Contactado o porta-voz do podemos, não quis dar declarações. Disse que oportunamente o partido falaria.

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