RUANDA NA MIRA: PRESSÃO INTERNACIONAL AUMENTA POR FIM À INTERVENÇÃO NA RDC

Maputo (O Destaque) A pressão internacional sobre o Ruanda se intensifica. A União Europeia (UE) anunciou a suspensão da cooperação com o país em matéria de defesa e segurança, marcando uma mudança significativa na postura de Bruxelas em relação a Kigali.

A decisão da UE surge em resposta à crescente preocupação com o envolvimento do Ruanda no conflito na República Democrática do Congo (RDC). O país é acusado de apoiar o grupo armado M23, que tem causado instabilidade e violência na região leste da RDC.

Apesar da medida da UE ser vista como um passo positivo, autoridades congolesas e organizações da sociedade civil consideram que é preciso ir além. A porta-voz do Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, Tina Salama, afirma que a decisão é bem-vinda, mas que é preciso acompanhá-la de medidas concretas.

“Com os europeus, podemos dizer que as coisas estão a mudar. Consideramos que ainda há muitas hesitações, mas não perdemos a esperança. Pensamos que, em nome do direito internacional, em nome dos valores universais dos direitos humanos, terão de fazer pela RDC o que estão a fazer com grande zelo, diga-se, pela Ucrânia”, declarou Salama.

Bienvenu Matumo, da organização congolesa Lucha, também acredita que a decisão da UE terá pouco impacto. “São sanções que não serão eficazes. Mas precisamos de sanções mais eficazes que produzam efeitos no terreno e que não permitam que o M23 faça mais progressos, que respeitem o cessar-fogo e se retirem das posições que ocupa atualmente”, enfatizou Matumo.

A pressão sobre o Ruanda aumenta à medida que a situação na RDC se agrava. A comunidade internacional clama por acções mais contundentes para garantir a paz e a estabilidade na região.

A suspensão da cooperação pela UE é um sinal de que a paciência com o Ruanda está se esgotando. Resta saber se essa e outras medidas serão suficientes para persuadir o país a mudar sua postura e contribuir para a resolução do conflito na RDC.

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