Sociedade Civil diz que ataques e catástrofes provocaram mais de 800 mil deslocados

Maputo (O Destaque) – Os ataques terroristas e desastres naturais colocaram 825 mil pessoas em situação de deslocados internos em 2024, em Moçambique, segundo o mais recente relatório do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno). Até ao final do ano, o número de deslocados internos estimava-se em mais de 700 mil.

O documento refere que daquele total, 585 mil pessoas foram vítimas de desastres naturais, enquanto conflitos e violência causaram 240 mil deslocados internos.

Nas províncias do Norte de Moçambique, particularmente em Cabo Delgado, a escalada do conflito e da violência provocou 240 mil deslocados, “quase seis vezes mais do que em 2023”.

Os ataques do Estado Islâmico em Moçambique às comunidades dos distritos de Chiúre e Macomia, em Cabo Delgado, provocaram mais de 96 000 deslocações, a maioria das quais de mulheres e crianças” nota o documento.

As províncias da região norte do país, foram afectadas pelo ciclone Chido, em meados de Dezembro do ano passado, tendo afectado 95% das casas, em dez distritos. O fenómeno, conforme o relatório, provocou cerca de 536 mil deslocações, “o segundo maior número de deslocações por catástrofe registado no país, depois das 640.000 provocadas pelo ciclone Freddy em 2023”.

A tempestade também aumentou as necessidades das pessoas deslocadas e agravou as suas condições de vida” faz menção o documento.

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