Maputo(O Destaque)-A cidade ucraniana de Sumy foi palco de mais uma tragédia de guerra, com um ataque russo que resultou em, pelo menos, três mortos e 20 feridos.
O Serviço de Emergência da Ucrânia confirmou a carnificina desta terça-feira, que atingiu o centro da cidade com a força destrutiva de sistemas de rockets de lançamento múltiplo de longo alcance.
A investigação preliminar aponta para um bombardeamento que visava áreas residenciais e civis.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, revelou que um dos mísseis, apesar de não ter detonado, perfurou a parede de um edifício residencial de nove andares, um testemunho assustador da violência do ataque.
“Os russos lançaram um ataque selvagem contra Sumy — visando directamente a cidade e as suas ruas comuns com artilharia de rockets. Foi um ataque totalmente deliberado contra civis“, afirmou Zelenskyy em comunicado, condenando veementemente a acção russa.
A administração militar da região de Sumy detalhou os estragos, informando que uma instalação médica, veículos e edifícios residenciais foram gravemente danificados pelos ataques.
A fúria do bombardeamento não poupou estruturas essenciais, aumentando o sofrimento da população.
Zelenskyy aproveitou a ocasião para reiterar a sua acusação à Rússia, afirmando que “isso por si só diz tudo o que é preciso saber sobre o chamado ‘desejo’ da Rússia de acabar com esta guerra“.
O líder ucraniano apelou novamente aos Estados Unidos e à Europa para que aumentem a pressão sobre Moscovo, lembrando que “não passa um único dia sem que a Rússia ataque cidades e aldeias ucranianas“.
A região de Sumy, localizada no nordeste da Ucrânia e fazendo fronteira com as regiões russas de Kursk e Belgorod, tem sido um alvo constante de bombardeamentos e agressões devido à sua proximidade com a fronteira. Esta vulnerabilidade tem sido explorada por Moscovo, que intensificou recentemente a sua actividade militar ao longo da fronteira de Sumy.
Zelenskyy já havia alertado para a acumulação de cerca de 50.000 soldados russos naquela parte da fronteira, com o objectivo de invadir a região e criar uma “zona tampão” de dez quilómetros.
Os acontecimentos desta terça-feira em Sumy parecem confirmar os receios de uma escalada ainda maior na região, com os civis a pagar o preço mais alto desta guerra implacável.
