Chapo quer que filhos dos “chefes” das FADM saiam do gabinete para o campo operacional

Maputo (O Destaque) –As cerimónias centrais da celebração dos 61 anos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) decorreram hoje na província de Maputo, marcadas por desfiles militares, condecorações e discursos carregados de simbolismo e apelo ao dever patriótico.

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, presidiu o evento que contou com a presença de membros do Governo, representantes da comunidade internacional e veteranos da luta de libertação. No seu discurso, Chapo afirmou que a data serve para “reavivar a memória colectiva do povo moçambicano” e homenagear todos os que tombaram na defesa da pátria.

Inspirando-se nos pronunciamentos históricos de Samora Machel, Chapo sublinhou que “a luta pela independência foi dura e cheia de sacrifícios”, tendo convidado todos os presentes a observar um minuto de silêncio em honra dos combatentes caídos.

No contexto actual, o Chefe do Estado enalteceu o papel das FADM no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, destacando a bravura das tropas nacionais e o apoio das forças ruandesas. “As nossas forças são resilientes, recuperam territórios e continuam firmes. Mas o esforço precisa ser reforçado com equipamento moderno e quadros qualificados”, disse.

 Chapo defendeu uma mudança na cultura de gestão militar e apelou a que os “filhos dos chefes” abandonem o conforto dos gabinetes e sejam destacados para o terreno. “Isso é inegociável. Queremos líderes que conheçam a realidade do campo operacional”, reforçou.

O Ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, considerou a data uma efeméride histórica e um momento de aproximação entre civis e militares. Foram condecoradas 724 figuras de diferentes sectores, num gesto de reconhecimento pelo seu contributo ao país.

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