Lichinga (O Destaque) -A crise energética que assolou a província do Niassa mergulhou a cidade de Lichinga na escuridão, interrompendo o comércio local e deixando milhares sem acesso a serviços essenciais. Mas, em meio ao caos, surgem também negócios oportunistas: carregamentos de telemóveis por 20 meticais, cobrados por quem possui painéis solares ou geradores.
O apagão, provocado por avarias na linha de transmissão elétrica da EDM, que causou prejuízos económicos directos, com reprodução paralisada, comida a estragar-se e frustração generalizada sentiu-se nos bairros e no centro urbano.
“No sector de reprografia, está tudo parado. Não há como imprimir ou fazer estampagens. Está tudo travado”, lamentou um empresário local. Outro comerciante relatou perdas iminentes: “As coisas estão a apodrecer. Se não vier luz até à tarde, perdemos tudo.”
Desde as 20 horas do dia (30), a cidade ficou complectamente sem energia. A população recorre a lanternas, velas e, para quem tem recursos, a geradores. “O som dos ‘giradores’ domina agora a cidade”, observou um morador.
No meio da escuridão, emergem pequenos “negócios de oportunidade”. Quem possui sistemas alternativos de energia cobra até 20 MT por um simples carregamento de telemóvel. “Estão a facturar com painéis. Quem tem, cobra”, confirmou um jovem residente.
A EDM, conseguiu restabelecer a corrente eléctrica as 20horas do dia (01)
