Londres (O Destaque) -O Governo de Moçambique, em colaboração com o Tony Blair Institute for Global Change (TBI), realizou recentemente em Londres uma sessão de apresentação do Projecto Hidrelétrico de Mphanda Nkuwa (MNK). Este empreendimento de energia renovável, avaliado em 5 mil milhões de dólares americanos e com uma capacidade instalada de 1.500 MW, é visto como um pilar fundamental para posicionar Moçambique como um exportador regional de energia limpa e um centro industrial em África.
O evento, enquadrado na “Missão 300” e no “Compacto Nacional de Energia de Moçambique”, reuniu figuras e instituições de peso no cenário financeiro e energético global. Estiveram presentes representantes seniores de entidades como o Banco Mundial, a International Finance Corporation (IFC), a Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), todos parceiros cruciais no desenvolvimento do projeto. Além disso, o consórcio de investidores estratégicos liderado pela Électricité de France (EDF), que inclui a TotalEnergies e a Sumitomo Corporation, também marcou presença, demonstrando o forte interesse internacional no MNK.
O projecto Mphanda Nkuwa está estruturado sob o modelo BOOT (Build, Own, Operate and Transfer), que representa o maior investimento público-privado em infraestruturas no país. O Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estevão Pale, sublinhou a importância estratégica do projecto.
“Moçambique está firmemente empenhado em tornar-se um centro energético regional de referência, contribuindo para um crescimento inclusivo, resiliência climática e industrialização em toda a região,” afirmou o Ministro Pale.
Acrescentou ainda: “A nossa estratégia energética nacional assenta na expansão do acesso à energia, diversificação da geração, industrialização verde e aceleração da transição para fontes de baixo carbono — com a energia hidroeléctrica a desempenhar um papel central.”
O Ministro destacou o duplo impacto do MNK, reforçando que “o projecto Mphanda Nkuwa constitui uma prioridade para o Governo de Moçambique, sendo simultaneamente uma resposta nacional e regional aos desafios de desenvolvimento económico e social — um projecto de energia limpa que moldará o próximo capítulo da integração económica e da resiliência climática de Moçambique e da região.”
A previsão para o fecho financeiro do projecto é em 2027, com o início das operações comerciais estimado para 2032. Uma vez que segundo investidores,o funcionamento de Mphanda Nkuwa promete uma expansão significativa da oferta energética regional, impulsionando a eletrificação nacional e o crescimento industrial a longo prazo tanto em Moçambique quanto na África Austral.
