A tónica dos discursos das bancadas na Assembleia da República durante abertura da I sessão ordinária da X Legislatura estive virada a crise pós-eleitoral e para os impactos causados pelos ciclones que fustigaram as regiões centro e norte do país, deixando milhares de pessoas numa situação de vulnerabilidade agudizada, custo de vida e combate ao crime organizado.
Para a bancada do Movimento Democrático de Moçambique, o governo deve urgentemente trabalhar na reposição de infra-estruturas públicas e privadas destruídas pela passagem dos ciclones Chido, Dikeledi e Jude.
O chefe da bancada do MDM, Fernando Bismarques, lamentou o abando de pessoas nos centros de acolhimento e em 38 escolas, na província de Nampula. Por isso, entende ser urgente a reposição das infra-estruturas destruídas para a retoma da vida normal dos cidadãos e das aulas.
Bismarques solidarizou-se, também, com as famílias das 23 pessoas vítimas do acidente de viação ocorrido no domingo em Gondola, província de Manica.
Já o partido Frelimo apela aos cidadãos a abandonarem as manifestações por entender que geram desordem e destruição de propriedades públicas e privadas para além de deixarem milhares de moçambicanos na pobreza.
O chefe da bancada da Frelimo, Feliz Sílvia afirmou na ocasião que “a violência jamais poderá ser aceite como forma de expressão política numa sociedade democrática como a nossa, que pugna pelos valores da paz, tolerância, concórdia e amor ao próximo”, tendo apelado aos deputados aprovarem leis que promovem o bem-estar social.
O estreante partido Podemos propõe reformas eficazes, para que Moçambique possa avançar de maneira estruturada e sustentável.
“Nesse sentido, esforçar-nos-emos para garantir a aprovação de legislação e projetos que melhorem a qualidade de vida dos moçambicanos, com especial foco na redução da carga tributária e na revisão dos regulamentos relativos à terceirização de serviços públicos, um factor que eleva os custos de manuseamento de carga e, consequentemente, o preço final ao consumidor”.
A Renamo quer o crime organizado seja combatido e reformas no sector da administração pública para que o país possa recuperar a imagem beliscada na esfera internacional.
Para a perdiz é “urgente que o Governo encontre soluções rápidas para resolver o problema da empregabilidade dos jovens”, tendo sugerido a redução do IVA nos produtos da primeira necessidade, incluindo nos combustíveis.
