Maputo (O Destaque) – O Partido Optimista para Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), principal força da oposição no país, fez hoje um balanço positivo dos seus primeiros 100 dias de actividade parlamentar, destacando o trabalho desenvolvido nas províncias de Maputo, Nampula e Zambézia.
O partido fala também da reestruturação interna e a expansão da sua presença a nível do país. Na província de Maputo, por exemplo, todos os distritos da região já contam com estruturas operacionais, apesar de “alguns conflitos e perseguições” que foram resolvidos através de diálogo, tal como deu a conhecer o Secretário Província desta formação, Pércio de Jesus.
De Jesus afirmou que apesar de ser estreante, o Podemos tem como objectivo discutir matérias que possam contribuir na melhoria de vida dos moçambicanos.
“O que nos interessa não é apenas aprovar ou reprovar leis, mas sim fazer passar medidas que realmente beneficiem as pessoas“, sublinhou o secretário provincial, acrescentando que o partido pretende manter uma actuação próxima das comunidades, evitando ficar confinado “aos gabinetes e assembleias“.
Já o porta-voz do maior partido da oposição, Duclésio Chico, afirmou que esta avaliação “deve incidir sobre o povo”, sublinhando que “as pessoas devem perceber de que modo as medidas implementadas as favoreceram”.
O encontro serviu também analisar algumas das acções desta força na Assembleia da República, com destaque para aprovação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025-2044, a discussão inerente ao Plano Orçamental Económico Social (PESOE), para os próximos cinco anos e a assinatura do acordo político para um Diálogo Nacional Inclusivo.
O partido manifestou preocupação com questões como o salário mínimo propondo o seu ajuste para 40 mil meticais e defendeu a necessidade de “maior justiça social”.
“Moçambique precisa de reflexão e acção concretas“, afirmou Chico, acrescentando que “o povo moçambicano merece um abraço de quem governa e também da oposição“.
Sobre as celebrações dos 100 dias do governo da Frelimo, o Podemos optou por não comentar, afirmando que “cada partido deve fazer a sua própria avaliação“.
O partido se compromete em continuar a trabalhar para “uma boa governação”, mantendo o foco no contacto directo com as populações e na defesa dos seus interesses na Assembleia da República.
“A nossa agenda é clara: justiça social e prosperidade para todos os moçambicanos“, concluiu o porta-voz do segundo maior partido do país.
