Beira (O Destaque) –O ambiente académico da Universidade Zambeze, uma das maiores instituições de ensino superior do país, foi recentemente abalado por uma denúncia formal de assédio sexual contra o seu reitor, Professor Doutor Betencourt Capece.
A denúncia foi apresentada por Esperança Filomena Fausto Paulo, funcionária da própria universidade, que acusa o dirigente de assédio sexual e abuso de cargo ou função. O processo foi submetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) e encontra-se em fase de análise preliminar, com vista à abertura de uma investigação mais aprofundada.
Embora ainda não haja pronunciamentos oficiais da universidade, fontes ligadas ao processo indicam que a denúncia inclui alegações de conduta imprópria por parte do reitor no exercício das suas funções, o que levanta sérias questões sobre ética institucional e integridade nas lideranças académicas.
A sociedade civil, incluindo organizações de defesa dos direitos das mulheres e colectivos estudantis, exige transparência e responsabilidade na condução do caso. “Não se pode permitir que o poder institucional seja usado para intimidar ou explorar subordinados”, afirmou uma activista do sector da educação ouvida.
Enquanto decorrem os trâmites legais, o caso lança um alerta para a necessidade de mecanismos mais robustos de prevenção e resposta a situações de assédio no meio académico. O país aguarda, agora, que os órgãos de justiça actuem com celeridade e imparcialidade, garantindo não apenas a protecção da vítima, mas também o direito de defesa do acusado em nome da justiça e da dignidade institucional.
