Um crime ainda sem resposta: corpos dos agentes foram a enterrar sob luto e revolta

Maputo (O Destaque) –Sob um céu cinzento e corações pesados, a cidade de Maputo e a vila de Chibuene despediram-se, nesta sexta-feira, de dois homens fardados que tombaram ao serviço da pátria: António Domingos Cavele, inspector principal da PRM, e Abílio Janeiro, agente do SERNIC. Ambos foram brutalmente assassinados na zona da Manduca, Matola, num crime que continua sem esclarecimento.

O silêncio da justiça contrasta com os gritos de dor das famílias. Em Michafutene, a bandeira nacional cobriu o caixão de Cavele, entregue à terra entre salvas de honra. A viúva, envolta em luto, mal conseguia erguer os olhos para o último adeus. “A bala que o matou também matou os nossos sonhos, sussurrou um primo.

Em Chibuene, Moamba, o cenário não foi diferente. Colegas de Abílio Janeiro prestaram a última homenagem, destacando a dedicação e coragem do agente. Pai de três filhos, Janeiro era conhecido por seu empenho em investigações complexas, apesar das condições adversas.

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